Tipos de controle de acesso: qual usar em cada situação
Já ouviu dizer que alguém “estava no lugar errado e na hora errada”? Essa expressão tem tudo a ver com o texto de hoje. Geralmente ela se refere a alguém que sofreu algo por estar onde não devia, mas às vezes, pode ser ainda pior.
Imagine que você tem em casa ou no seu escritório bens de valor inestimável. Além de recursos financeiros, eles são importantes pra você e perdê-los é inimaginável. Como seria possível proteger o ambiente de modo que nada imprevisto nem indevido possa acontecer?
Além de investir em monitoramento com imagens, sistemas de alarme e equipamentos de segurança, é fundamental adotar tipos de controle de acesso específicos, a fim de impedir que quem não tem autorização não entre. Essa medida restritiva é válida tanto para eliminar os riscos de um crime, como furto ou roubo, quanto para bloquear circunstâncias como acidentes, que podem resultar em danos patrimoniais.
Gerenciar a entrada e saída de pessoas é, acima de tudo, dar mais segurança para quem frequenta uma casa, empresa ou condomínio. Mas algumas soluções não são as mais adequadas por impedirem o acesso inclusive aos que devem entrar em determinadas áreas. Como, então, aliar praticidade e eficiência na administração das permissões de acesso?
Há uma série de equipamentos que podem ser utilizados em ambientes de diferentes portes. Mas diante das inúmeras ofertas de dispositivos, cada um com suas especificidades, qual a solução ideal para cada situação?
Casa, condomínio ou empresa: conheça os tipos de controle de acesso
Em casa
Nas residências, o controle de acesso pode ser feito nos portões externos para identificar moradores e visitantes, no portão da garagem e nas portas principais da casa ou apartamento.
- Porteiro eletrônico – o equipamento que funciona com um telefone interno e ramal externo, como um interfone sem fios, e permite atender a porta sem sair de casa.
- Videoporteiro – com o videoporteiro , além de falar com o ambiente externo, pode-se visualizar o visitante – mesmo em momentos de pouca luminosidade, e abrir a porta ou o portão da garagem.
- Fechaduras digitais para as portas de entrada – a fechadura digital é prática: dispensa o uso de chaves, liberando o acesso por meio de senhas, cartões de aproximação ou biometria. Existem modelos de sobrepor, que podem ser colocados junto a fechadura convencional, e também de embutir, todos com alarme anti arrombamento, sensor de porta aberta, função senha protegida e travamento automático.
Nos condomínios
Neste caso, como é preciso gerenciar um número maior de pessoas, os dispositivos também precisam ter a capacidade de cadastrar mais usuários. Ainda são mais áreas de acesso, por isso, vale a pena dispor de diferentes equipamentos.
- Sistema de controle de acesso condominial – este tipo de solução integrada dá eficiência a entrada e saída de pessoas e veículos, além de permitir o gerenciamento de áreas comuns. Os acessos podem ser feitos de diferentes formas: por biometria (acesso por impressão digital), tag veicular, controle remoto veicular, tag de proximidade, interfone e senha, todos integrados a uma portaria eletrônica, proporcionando segurança, praticidade e conforto aos moradores de condomínio. Além disso, ele registra e gerencia todo o fluxo de pessoas e veículos através de dispositivos com tecnologia de ponta e conta com o sistema de gestão de acesso condominial, um software que mostra em tempo real informações detalhadas sobre os usuários, como fotos, placa dos veículos e locais acessados com data e hora. Entenda como é feito o controle para:
- Entrada e saída de veículos – a abertura dos portões pode ser feita por controle remoto ou por tag veicular interligada ao leitor veicular de longa distância, que faz com que o portão abra automaticamente quando veículo com a tag se aproxima da garagem. Ao ser integrado ao sistema de gestão, também registra os veículos que acessaram o condomínio;
- Entrada e saída de pessoas – o acesso pode ser feito por diferentes formas – senhas, tags e biometria – e também deve ser integrado ao sistema de gestão;
- Gerenciamento de áreas comuns – espaços como salão de festas, academia e piscina também ganham mais segurança e há melhor gerenciamento do uso com o uso de controladores de acesso. Nestes casos, o mais indicado é utilizar dispositivos com liberação via senha ou tags de aproximação e também manter os registros atualizados e integrados ao sistema de gestão. Dessa maneira, no caso de alguma depredação por exemplo, o síndico consegue identificar com facilidade o autor da ação.
- Sistema de vídeo IP para condomínio – o sistema traz a qualidade de imagem da tecnologia IP para os equipamentos videoportaria. Caso o visitante não seja atendido pelo apartamento, o sistema oferece a possibilidade da gravação de mensagens de áudio e vídeo, que podem ser acessadas posteriormente pelo morador. Se o visitante optar por não deixar mensagem, o sistema tira fotos automaticamente, possibilitando que o morador visualize quem chamou seu apartamento durante sua ausência. O morador pode ainda atender e realizar chamadas internas, liberar acessos ou monitorar as câmeras de segurança do seu condomínio de dentro de seu apartamento.
Nas empresas
Para controlar o acesso a empresa ou a áreas estratégicas da organização – sala de segurança, CPDs e data centers, financeiro e estoque, por exemplo – pode-se utilizar equipamentos semelhantes aos dos condomínios. Assim, as entradas e saídas da instituição, tanto de colaboradores como prestadores de serviço podem ser gerenciadas com eficiência por meio de senhas, tags, cartões de aproximação, biometria ou reconhecimento facial.
Além disso, as soluções também podem ser interligadas a softwares de gerenciamento que armazenam relatórios e possibilitam o gerenciamento remoto e em tempo real, autorizando ou removendo permissões de forma fácil e rápida.
Sobre o controle de acesso para empresas, sugerimos a leitura destes outros dois artigos: “Sistemas de controle de acesso: os vários benefícios da aplicação”, que mostra mais vantagens da solução, como o gerenciamento de horas extras; e “Negócios compartilhados: como fazer o controle de acesso de pessoas”, que traz soluções específicas para este novo e crescente nicho de mercado.
Os diferentes níveis de segurança de controle de acesso
Como vimos, existem diferentes produtos para permitir e gerenciar o acesso de pessoas e veículos em casas, condomínios e empresas. Cada um dos produtos tem suas funcionalidades e objetivos.
Mas outro ponto que merece atenção é o nível de segurança que as tecnologias de identificação oferecem. Dependendo do tipo de controle de acesso escolhido, há um ou mais métodos de autenticação e liberação do usuário. E eles podem ser listados dessa forma, conforme seu grau de eficiência e confiabilidade:
- Nível 1 para o teclado de senha – método mais encontrado, libera o acesso pelo cadastro de uma sequência numérica para cada usuário. Em muitos equipamentos é possível identificar a sequência digitada, assim como os números podem ser repassados (de forma intencional ou não), facilitando o acesso por terceiros antes de seu bloqueio no sistema;
- Nível 2 para o leitor de proximidade – para liberação são utilizados cartões ou tags contendo um chip de identificação por radiofrequência (RFID). O usuário recebe um cartão ou tag (para ser devolvido ou não) que precisa ser aproximado do leitor, posicionado ao lado do portão, elevador, catraca de acesso ou porta de entrada. A maior fragilidade desse sistema é que os usuários podem perder ou repassar o cartão, para que seja utilizado indevidamente por terceiros antes de seu bloqueio pelo sistema;
- Nível 3 para o leitor biométrico – nesse caso, o acesso é por reconhecimento das digitais, que é um dado único de cada indivíduo. Assim, as informações da pessoa são atreladas a sua digital, e a cada vez que ela for acessar o ambiente, deverá inserir a ponta do dedo no leitor. Para evitar falhas, deve-se optar por empresas que possuem leitores de qualidade para uma verificação mais rápida, precisa e confiável;
- Nível 4 para o reconhecimento facial – é o mais preciso e o mais difícil de ser burlado. Isso porque o registro é feito pela medição de pontos do rosto, como o comprimento da linha da mandíbula, tamanho do crânio, distância entre os olhos, largura do nariz, entre outros, tornando-o ainda mais confiável. Por meio da câmera e do software de leitura facial do equipamento, um rosto é automaticamente codificado em uma sequência digital e anexado ao cadastro do indivíduo. Assim, toda vez que ele passar pelo controlador, as informações faciais serão comparadas com o banco de dados. A pessoa é identificada, independentemente do corte de cabelo, do uso ou não de óculos, por exemplo, e o acesso é liberado. Vale destacar que o sistema apenas faz a leitura facial, não reconhecendo fotografias ou outras imagens como a de documentos, por exemplo.
Fonte:http://blog.intelbras.com.br/