Quais as diferenças entre sistemas convencionais e endereçáveis nas centrais de alarme de incêndio?
Proteger vidas e o patrimônio empresarial. Estas são as duas principais funções – e de extrema importância – de um sistema de detecção e alarme de incêndio. A instalação desta solução é fundamental para empresas de todos os portes que buscam ampliar a segurança dos ambientes e de seus funcionários. Inclusive, em todos os estados já é obrigatório o uso destes sistemas em espaços de grande aglomeração ou circulação de pessoas – veja o exemplo da legislação em vigor em São Paulo.
O sistema de detecção e alarme de incêndio é diferenciado pelo modo de operação e instalação e pode ser classificado como endereçável ou convencional. Por isso, é comum que surjam algumas dúvidas para entender qual é o ideal para cada ambiente.
Para não errar na decisão, é preciso entender mais sobre o funcionamento e os critérios de instalação destes sistemas de detecção e alarme de incêndio e o que atende a necessidade de cada caso. Neste artigo, vamos falar mais sobre a central convencional e a endereçável para que sua decisão seja precisa e eficiente.
Entenda o funcionamento do sistema de detecção e alarme de incêndio convencional e endereçável
Antes de falarmos mais sobre cada sistema de detecção e alarme de incêndio, é importante entender o funcionamento da solução como um todo. De acordo com a NBR 17240, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um sistema completo é composto por alguns itens, que funcionam em conjunto na detecção e sinalização de fumaça e fogo. Os principais equipamentos são:
- central de alarme;
- sinalizador audiovisual;
- acionador e detector de temperatura ou fumaça;
- acionadores manuais.
Todo o processo de instalação, manutenção, testes e outras exigências deste sistema é regulamentado pela NBR 17240. Além dessa normativa, existem outras portarias de órgãos normativos em conjunto com o Corpo de Bombeiros, que podem ou não ser seguidas pelas legislações estaduais. Segundo a ABNT, ao todo, existem mais de 60 recomendações de segurança contra incêndios no país. Neste webinar da Intelbras você pode entender melhor sobre as normas e certificações – abordamos a IN-54, NBR 7240, NBR 17240, NBR 10898, UL, UL FM, entre outras – para sistemas de detecção de incêndio.
Agora, conheça mais sobre o sistema de detecção e alarme de incêndio convencional e o endereçável.
Sistema Convencional
Muito usado em condomínios, o sistema de detecção e alarme de incêndio convencional é ideal para quando não há necessidade de se determinar a localização específica do foco de incêndio.
Isso porque, no sistema convencional, os dispositivos são responsáveis pela cobertura de uma zona ou setor. Assim, quando houver algum disparo, a central consegue informar em qual deles ocorreu o incidente, porém, sem identificar o ponto exato – segundo andar do condomínio X ou empresa Y, por exemplo. Portanto, para usar este tipo de sistema, o ambiente não deve abranger grandes áreas para não dificultar a localização do exato ponto da ocorrência.
Sistema Endereçável
De forma geral, o sistema endereçável funciona como o convencional. Mas, como o nome já diz, permite que cada um dos dispositivos integrados seja reconhecido com precisão. Eles recebem um número, que é chamado de endereço, e quando ocorre algum evento o dispositivo acionado emite um sinal para a central, permitindo que seja identificado o ponto exato da incidência do sinistro e o tipo de dispositivo.
Assim, esse sistema oferece agilidade na prevenção de incêndios, pois informa diretamente no display da central, qual dispositivo foi acionado e sua localização exata. Isso reduz, significativamente, os riscos e aumento do perigo. Pela precisão, o sistema de detecção e alarme de incêndio endereçável é geralmente utilizada em ambientes que seja necessário maior rapidez na contenção do incidente, como um data center, uma clínica médica com internação de doentes ou uma casa de repouso para idosos.
Outro fator relevante é o fato de que a central consegue “conversar” com cada dispositivo de maneira rápida e individual, mantendo controle sobre os que estão ativos e indicando o alarme ou possíveis falhas no sistema. Assim, fica mais fácil saber o momento de trocar algum equipamento. Porém, deve-se lembrar que os sistemas endereçáveis utilizam protocolos proprietários, ou seja, os dispositivos instalados nas centrais devem possuir o mesmo tipo de comunicação.
Os sistemas endereçáveis ainda são subdivididos em duas classes: A e B.
Classe A
Nesta classe, cada circuito do sistema possui fiação de retorno à central. Assim, quando ocorre algum problema em um dos dispositivos ou caso o cabo de ligação seja rompido, o funcionamento do sistema não é paralisado, nem total e nem parcialmente;
Classe B
Na classe B, não há fiação de retorno à central, portanto, caso ocorra interrupção em algum ponto, o sistema poderá ser paralisação parcial ou totalmente. O diferencial é que na classe B são usados menos cabos, sendo reduzido o custo da instalação.
Para finalizar, é importante ressaltar que ambos os sistemas exigem manutenção periódica para um funcionamento correto, conforme exigido pela NBR 17240. Isso ocorre pois eles não detectam falhas e defeitos nos dispositivos (detectores e acionadores) de forma automática.
Saiba como escolher o sistema ideal para o seu espaço
Depois de conhecer os tipos, classes e detalhes dos sistemas convencional e endereçável, vamos trazer os principais pontos de cada um deles para ajudar você a escolher o mais adequado para o seu caso.
Sistema convencional | Sistema endereçável |
Menor custo | Informações sobre a localização precisa do foco de incêndio |
Muito funcional para ambientes onde não é necessária uma grande precisão de localização | Detecta falhas nos dispositivos e cabos e pode funcionar mesmo com a interrupção de algum circuito (Classe A) |
Conformidade com a norma NBR 17240 – ressaltando que é necessária manutenção preventiva de forma periódica | Conformidade com as normas NBR 17240 – ressaltando que é necessária manutenção preventiva de forma periódica |
Além deste comparativo, faça uma avaliação completa do espaço onde o equipamento será instalado, considerando a dimensão e variantes do local, e qual é o objetivo da aquisição. Leve em conta ainda o suporte e garantias oferecidas pela empresa fornecedora.
Fonte:http://blog.intelbras.com.br/