Controle parental: como a tecnologia melhora a proteção online
O universo online é um mundo em que se reproduz conteúdo sem filtro. Nas famílias, desperta a atenção sobre o cuidado que é preciso ter com o acesso das crianças e dos adolescentes aos conteúdos disponíveis em meio digital. Somado a isso, temos uma geração de crianças que praticamente já nascem conectadas, aproveitando de todos os seus benefícios mas também expostas a muitos riscos. Isso é ainda mais evidente durante as férias escolares: período em que as crianças e adolescentes estão com mais tempo livre e acessam seus dispositivos com mais frequência. Para aumentar a proteção e minimizar as ameaças, o controle parental ou controle dos pais é um bom aliado.
Mas o que isso significa? Quer dizer que é possível utilizar a tecnologia a favor dos pais, para ajudar a preservar as crianças dos riscos da internet. Isso porque, o controle parental pode ser descrito como um conjunto de recursos de segurança disponível em diversos sistemas operacionais, sites e equipamentos, como roteadores e consoles de jogos, e também pode ser instalado por meio de aplicativos pagos ou gratuitos. Estas ferramentas de segurança são adequadas para bloquear o acesso a alguns conteúdos ou limitar a conexão de dispositivos escolhidos por um determinado período de tempo.Veja neste artigo algumas formas de utilizar o controle parental.
Onde é possível contar com controle parental?
Os recursos e filtros do controle parental variam de acordo com a forma como são disponibilizados por sites ou equipamentos. Podem ser configurados para impedir o acesso a endereços e assuntos indesejados ou evitar que crianças não fiquem por muitas horas na internet ou jogando. Veja alguns exemplos:
Sistemas operacionais
Permitem restringir os sites que podem (ou não podem) ser acessados, os aplicativos a serem executados, com quem é possível se comunicar e definir limites, como o tempo máximo de uso por dia, horário de dormir e regras específicas para dias úteis e de finais de semana. Também impedem a troca de senha e mostram o histórico de atividades, incluindo sites visitados e aplicativos usados.
O Windows, desde a versão 10, tem a capacidade de adicionar controle parental para o computador. É preciso criar uma conta de usuário para a criança na Central de Ações (localizada à direita da barra de tarefas). O sistema faz automaticamente toda a configuração para evitar sites inapropriados, limites de tempo para usar aplicativos e jogos etc.
Sites de pesquisa
Permitem definir filtros de acordo com a classificação etária do conteúdo. O Google e o YouTube possibilitam uma busca mais segura ativando o SafeSearch (Google) e o Modo de Segurança (YouTube) nas respectivas páginas principais destes buscadores. Elas podem filtrar proativamente o conteúdo adulto além de permitir que você sinalize material ofensivo para remoção.
Usuários e perfis restritos
Permitem criar tipos especiais de contas nas quais as atividades são restritas e supervisionadas. Um exemplo é o controle parental da Netflix em que cada item disponível na plataforma sofre uma avaliação para determinar qual faixa etária pode ter acesso a ele. Dessa forma, quando os pais definem essa limitação em um perfil, ele não consegue mais visualizar filmes e seriados além desse limite. Basta acessar a página de gerenciamento de perfis em sua conta na Netflix e escolher o tipo de controle parental para crianças pequenas, crianças mais velhas, adolescentes e adultos.
Lojas do sistema operacional
Permitem definir o nível de classificação (livre ou por idade) para os aplicativos que se pode comprar, baixar e instalar ou ainda para os filmes e livros a serem acessados. Para dispositivos Android, os pais podem criar uma conta interligada para o filho e gerenciar os aplicativos que ele pode usar, monitorar o tempo de uso e até bloquear remotamente. Já para aparelhos da Apple, como iPhones e iPads, é possível bloquear ou limitar apps e recursos específicos no dispositivo e mudar os ajustes para restringir conteúdo explícito, compras e downloads, além de privacidade.
Redes Sociais
É indicado tornar particulares os perfis em redes sociais para minimizar os riscos, pois assim é possível restringir quem pode entrar em contato e bloquear estranhos. Já para um controle mais efetivo no Instagram, Facebook, WhatsApp, Twitter, entre outros, vale a pena investir em aplicativos como o mSpy, SecureTeen ou Net Nanny’s Social para acompanhar a atividade dos filhos e ser notificado em tempo real. Também é possível rastrear sua localização, mensagens de texto e histórico de chamadas.
Serviços via alteração de DNS
Por meio da alteração dos servidores de DNS (Sistema de Nomes de Domínios) configurados nos equipamentos que as crianças usam ou no roteador da rede residencial, esses serviços fazem um filtro, impedindo o acesso a sites maliciosos ou restritos a menores de 18 ano, como com conteúdo pornográfico.
Roteadores
Uma das maneiras mais simples de utilizar o controle parental é por meio do roteador. Desta forma, você não terá que configurar cada dispositivo separadamente, porque a ideia é que alguns sites sejam bloqueados em todos os dispositivos que se conectem a essa rede. Isto significa que estarão protegidos smartphones, tablets, computadores e até videogames.
Quase todos os fabricantes de roteadores, inclusive a Intelbras, oferecem opções de filtros de forma padrão. Para saber se o seu roteador tem esta função basta pesquisar no manual do produto, pois lá haverá a explicação sobre como configurá-lo.
Alguns modelos e tecnologias de roteadores, como a AC e a Mesh, permitem gerenciar de forma mais específica o acesso de internet em cada dispositivo conectado à rede Wi-Fi. Pode-se, por exemplo, determinar a velocidade da conexão, deixando-a mais lenta para determinados dispositivos; e configurar o horário em que os equipamentos podem ou não se conectar, não fornecendo conexão para períodos e aparelhos pré-definidos.
Uma grande vantagem do roteador para o controle parental é a possibilidade de criação de mais de uma rede. Dessa forma, em uma das redes, o acesso é liberado para os adultos que vão acessá-la e outra fica disponível para as crianças e adolescentes que estão no mesmo ambiente. Outra alternativa é o bloqueio de IPs. Então se os menores acessam determinados dispositivos, é possível que o IP desses aparelhos seja bloqueado para determinados tipos de conteúdos. Se houver a necessidade de limitar somente alguns sites indesejados, ou então liberar o acesso em horários pré-determinados, isso também é possível por meio de alguns modelos.
Para mais dicas sobre o uso da internet com mais segurança, o Comitê Gestor da Internet no Brasil produziu o Guia Internet Segura para Seus Filhos. Veja as sugestões para orientar os jovens e auxiliá-los a aproveitar todas as oportunidades que o mundo digital tem a oferecer.
Fonte:https://blog.intelbras.com.br/